Os primeiros habitantes de Chapada de Natividade foram homens e mulheres que encontraram na região um refúgio da sociedade colonial escravocrata do período colonial. Os primeiros habitantes chegaram ao local na década de 1730. As terras ricas em ouro chamaram atenção da Coroa Portuguesa que explorava os recursos preciosos usando mão de obra escrava.
Aqueles que conseguiram fugir da escravidão formaram agrupamentos que deram origem ao quilombo urbano de Chapada de Natividade, onde os refugiados viviam da produção de pequenas lavouras. Uma das atividades dos quilombolas era o cultivo da cana-de-açúcar, matéria-prima para produção de açúcar, garapa, melaço, cachaça e a rapadura.
As comunidades Quilombolas de Chapada de Natividade ainda guardam laços com a cultura dos seus ancestrais, cultivando cana-de-açúcar e produzindo rapadura. Durante a visita ao município, membros do Projeto de Extensão Igualdade Étnico-Racial e Educação (Ierê) do curso de Direito da Universidade Federal do Tocantins (UFT), puderam conhecer, no dia 11 de junho de 2022, a produção tradicional da rapadura, provar garapa feita na hora e o tradicional ‘puxa’. Tudo é feito de forma artesanal pela comunidade.
Bagaço da cana-de-açúcar, antes de secar, pode ser usado como alimento para o gado ou adubo na plantação. Após secar, pode ser usado como fonte de calor nos caldeirões. |
Caldo de cana passando pela fervura |
Após cozinhar por um longo período, o caldo de cana engrossa e ganha esse aspecto parecido com uma massa grossa. |
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